terça-feira, 12 de junho de 2012

Segmentos do Turismo que podem ser desenvolvidos em JGcity!!


Turismo e suas múltiplas faces – Uma breve sequência dos tipos de turismo, que podem ser desenvolvidos em Joaquim Gomes.

            É possível que muitas pessoas, ainda, não compreendam de que forma o Turismo pode se desenvolver em Joaquim Gomes.
            As primeiras indagações giram em torno do que se tem para fazer, visitar ou para onde ir, em nosso município. Comentários como: “Quem virá para esse fim de mundo?”, “O que tem aqui para oferecer aos visitantes?”, “Aqui num tem nada, nem pra gente!”, são comuns ao se falar em turismo com os joaquimgomenses.
            Esses argumentos são compreensivos e de fácil entendimento, pois tais pensamentos também foram levantados por mim antes de iniciar meus estudos na área de Turismo, acerca da possibilidade de transformar nosso município através das atividades turísticas. E é muito válido ter essas dúvidas quanto a algo que não se conhece ou que se sabe pouco.
            Diante disso, iniciarei uma sequência de textos para explicar melhor as várias áreas do Turismo que podem ser realizadas em nossa região, como: Turismo Rural, Turismo de Eventos, Turismo Ecológico ou Ecoturismo, Turismo Cultural, Turismo Histórico, Turismo Acadêmico e Turismo Religioso.
            A princípio, iremos nos informar um pouco sobre o Turismo Rural, já que em Joaquim Gomes há bastantes atrativos em suas áreas rurais. Só que, com mais conhecimento e muita dedicação podemos atrair não só mais visitantes como também, muitas melhorias e desenvolvimento nessas regiões.


Turismo Rural
Tendência extremamente possível de ser posta em prática.

            Cada vez mais, as pessoas buscam as áreas rurais para seus momentos de lazer. Isso porque a vida agitada e corriqueira dos centros urbanos faz com que seus habitantes sintam uma necessidade de reencontro com suas raízes ou o simples desejo do contato com a natureza e com a simplicidade da vida do interior. No Brasil, essa procura tem sido bem maior nos últimos anos, o que favorece a prática do Turismo em áreas rurais.
            Entretanto, as iniciativas públicas e privadas pouco, ou nada, fazem no sentido de promover e ordenar o desenvolvimento dessa atividade turística. Talvez isso ocorra porque o turismo ainda é encarado, pelos mesmos, apenas como uma prática de viagens e passeios.
            Por se tratar de áreas de baixo desenvolvimento econômico, poucas pessoas conseguem enxergar que ali, nas áreas rurais, o turismo seja algo possível de ser realizado. Desse modo, os setores públicos e privados não demonstram interesse em desenvolver essa vertente da área turística.
            Para esclarecer um pouco sobre a prática do Turismo Rural, primeiramente é preciso compreender que:
“Turismo rural é o conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade”. (Pág. 12, 2004).
            Segundo Graziano da Silva, o “Turismo no espaço rural ou em áreas rurais” abrange:
“[...] todas as atividades praticadas no meio não urbano, que consiste de atividades de lazer no meio rural em várias modalidades definidas com base na oferta: turismo rural, agro turismo, turismo ecológico ou ecoturismo, turismo de aventura, turismo de negócios, turismo de saúde, turismo cultural, turismo esportivo, atividades estas que se complementam ou não”. (ET AL., 1998:14).
O turista que se desloca para áreas rurais está interessado no conjunto constituído pela atividade produtiva, pela natureza e pelo modo de vida que diferem da paisagem e do ritmo urbano. Isso nos mostra a importância de valorizar as culturas e tradições regionais, pois as pessoas estão sempre buscando alternativas diferentes. E o turismo rural tem ganhado destaque por trazer, exatamente, essa proposta; uma vez que os destinos de praia e sol encontram-se possíveis de saturação.
Segundo o Ministério do Turismo, o meio rural pode ser bem aproveitado para o turismo. Não só as propriedades, como também os atrativos e produtos existentes no campo podem ser uma opção para os turistas e uma oportunidade para os nele vivem:
-bebidas e alimentos in natura – cereais, peixes, frutas, legumes, verduras orgânicas - ou processados – vinho, doce, mel, aguardente, pão, embutidos;
- artesanato e outros produtos associados ao turismo;
- criação de animais;
- atividades equestres e de pesca;
- atividades de ecoturismo, esportes de aventura, caminhadas;
- atividades pedagógicas no ambiente rural;
- manifestação folclórica, música, dança e tradições religiosas;
- gastronomia, saberes e fazeres locais;
- atividades recreativas no meio rural;
- visitação a fazendas, casas de cultura e ao patrimônio.
São alguns dos benefícios que a prática do Turismo em áreas rurais pode proporcionar: diversificação da economia regional, pelo estabelecimento de micro e pequenos negócios; melhoria das condições de vida das famílias rurais; diminuição do êxodo rural; promoção de intercâmbio cultural; geração de novas oportunidades de trabalho; melhoria da infraestrutura de transportes, comunicação e saneamento; integração do campo com a cidade; valorização das práticas rurais, tanto sociais quanto de trabalho e o resgate da autoestima do campesino. Contudo, é preciso atentar, também, para as questões negativas de uma implantação mal-planejada, como a sobrecarga da estrutura rural por um número elevado de visitantes e veículos, problemas legais, degradação ambiental e descaracterização do meio e da própria atividade, ou seja, perda da particularidade local. (pág. 9-10, 2004).
O Turismo é uma atividade que sofre mudanças e inovações constantes, mediante as novas exigências e a alta competitividade no mercado. E foi nesse sentido que surgiu o turismo rural, com uma proposta de melhorar os rendimentos de proprietários rurais e valorizar os modos de vida tradicionais, a ruralidade e o contato harmonioso com o ambiente natural.
 Portanto, temos motivos de sobra para acreditar na existência da prática de turismo em Joaquim Gomes. Cabe, então, aos nativos valorizar suas riquezas naturais e culturais e cobrar dos governantes iniciativas voltadas para o desenvolvimento do turismo.

A vida esconde nos lugares mais simples sua grande beleza que revela qual o significado de porque persistimos em continuar vivendo. (Pablo Neruda)


Inspirado pelo manual: Diretrizes para o desenvolvimento do turismo rural, do Ministério do Turismo, 2004.
Por Geonetty de Araújo.
Revisão de Iza Rosária.

Turismo para todos - em JGcity


Turismo para todos
            “Você já fez Turismo?” Dificilmente, em nosso município alguém diria sim. Pois, muitos ainda têm a ideia de que turismo é praticado somente pela classe alta. No entanto, nos últimos anos, com o aumento da classe média e o aquecimento da economia, tem facilitado a prática do turismo, tornando-o uma atividade mais acessível a todos.
O turismo pode ser considerado um tipo especial de deslocamento, movido pelo lazer, por uma necessidade pessoal ou a trabalho. Assim sendo, pode ser uma visita aos parentes, uma viagem à cidade vizinha para um tratamento de saúde ou mesmo um fim de semana com os amigos na praia são formas de se praticar turismo.
            Segundo o Ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, no Plano Nacional de Turismo para 2007-2010,
“... o turismo aciona uma gigantesca engrenagem de oportunidades de trabalho e renda em diferentes pontos do nosso território. [...]
 O turismo ambiental e sustentável tem aqui um potencial no qual, poucas nações do mundo podem se comparar ao Brasil. Nossas belezas naturais, rios, florestas, mananciais, praias e montanhas são um atrativo sem concorrência neste mundo assustado pelo aquecimento global e pela destruição da natureza.”
            As palavras do Ex-presidente da República mostram duas coisas importantes, e das quais o nosso país dispõe: a primeira é a necessidade de criar novas oportunidades de trabalho e renda; e a segunda, é que de fato nossas belezas naturais são admiradas no mundo todo. O município de Joaquim Gomes também têm muitas belezas naturais, que podem, junto a uma gestão responsável e bem planejada, tornarem-se grandes atrativos estaduais, nacionais, e também internacionais, gerando novas oportunidades de emprego, renda e desenvolvimento para a cidade.
O turismo é composto por vários setores importantes e indispensáveis à sua prática, que vão desde a alimentação até os serviços de hospedagem, como restaurantes, comércio de vestuário e calçados, hotéis e pousadas, por exemplo. Hoje, o turismo já responde pela geração de 6 a 8% do total de empregos no mundo e é um dos setores da economia que mais cresce.
Em Joaquim Gomes pensar em Turismo pode ser visto, talvez, como algo desnecessário, mediante a nossa realidade quanto à urgência em garantir os princípios básicos de uma vida digna para cada cidadão: saúde, educação e segurança. Porém, é preciso ter ousadia e uma visão ampliada de como garantir esses princípios de forma a proporcionar novas oportunidades à população. Desenvolver o turismo, em nosso município, é desenvolver novos horizontes, dinamizar a qualidade de vida das pessoas, criar novas esperanças e valorizar nossas raízes.
Eduardo Yázigi, em seu livro Turismo Uma Esperança Condicional, diz que:
“... o maior problema para o turismo não é, por enquanto, a falta de recursos naturais, e em certo grau de economia, mas o de mentalidades. Quer se queira ou não, certa quantia está sendo gasta em manejos de quase todos os tipos, mas em projetos mal feitos, quando não desviados de sua destinação original. [...]
Para Yázigi, planejar o turismo é projetar o país inteiro, como a ideia de preparar uma casa para receber seus hóspedes. Só que para ele, o grande problema é que a cultura ou o turismo, nos planos de governo de todos os níveis, costumam vir no fim de tudo, como que pairando no ar e, o que é pior, reduzindo a dimensão de seus conteúdos.
Logo, percebemos que com determinação, planejamento e ação é possível desenvolver uma Política Municipal de Turismo em Joaquim Gomes, capaz de difundir e valorizar as belezas naturais e culturais da terra, gerando emprego, renda e, principalmente, qualidade de vida para todos.
Temos história e podemos fazer história! Desde que haja empenho e responsabilidade social da gestão pública e incentivo da sociedade.

Geonete Araújo.
Graduando em Gestão de Turismo/ IFAL

Revisado por Iza Rosária.
Graduando em Gestão de Turismo/ IFAL




sábado, 17 de março de 2012

"O Turismo é a alavanca que falta para o desenvolvimento da nossa terrinha"
Da Redação com Geonete de Araújo - Foto JGNOTICIAS
A Cachoeira Sítio Canto é, sem dúvida, um convite ao contato com a natureza e a um descanso para o corpo, mente e alma. É impossível não sair renovado e inspirado a viver melhor. Um lugar totalmente paradisíaco, rodeado por verde e muito ar puro. Tão simplório quanto qualquer outra cachoeira, mas com peculiaridades moldadas pela força das águas.

Em visita recente, pudemos observar que apesar de tão exuberante e de atrair tantos visitantes, a Cachoeira poderia ser um bom atrativo turístico, de forma consciente e sustentável. As frequentes visitas ao local trouxeram consigo o acúmulo de lixo, tanto nas margens como dentro da cachoeira. Infelizmente as pessoas ainda não têm a consciência de que é preciso preservar para sempre desfrutar. E para ajudar nessa preservação, seria necessário um trabalho de fiscalização e orientação aos visitantes e moradores circunvizinhos da região.

Com atenção especial dos nossos governantes, da população local e de todos que visitarem a Cachoeira Sítio Canto, teremos sempre um paraíso para desfrutarmos. Porém, é indispensável rever todos os cuidados com a limpeza e preservação da região, sinalização dos locais apropriados para banho, organização de trilha seguras, e demais ações específicas para a realização adequada de um passeio. Fica nítido que apenas nessas adaptações muitas oportunidades de empregos, diretos e indiretos, seriam motivadas.
Para que possamos praticar turismo nessas regiões é fundamental planejar as ações a serem realizadas antes, durante e depois. Ele já acontece em nosso município. É hora de fazer parte desse mundo. E trazer o mundo pra nossa parte.

"Não levar nada além de fotos; não deixar nada além de pegadas; não matar nada além de tempo." 
Obs.: Lema do Excursionista. Provérbio
        VEJAM ALGUMAS FOTOS        clicando aqui
COPA 2014: Que tal Joaquim Gomes fazer parte dessa festa?          
Da Redação com Geonete Araújo                                        


O Brasil já vive a expectativa da COPA 2014. Muitas mudanças, e adaptações, estão sendo feitas, para essa grande festa do futebol Mundial. Dentre os muitos projetos em andamento, especificamente para a COPA 2014, está a duplicação da BR-101, no trecho que liga Pernambuco a Alagoas. Trecho importantíssimo na ligação entre as capitais dos respectivos Estados, Recife (uma das cidades sedes do Mundial) e Maceió.

Finalmente, o que Joaquim Gomes tem a ver com isso? A BR-101 cruza o município, que está localizado, justamente, entre Recife e Maceió. Joaquim Gomes fica 180 km distantes de Recife e apenas 75 km de Maceió. O que nos remete à ideia de que milhares de turistas passarão pelo o município nas idas e vindas à Maceió, durante as folgas dos jogos oficiais em Recife. E porque não aproveitar a oportunidade para fazer com que esses turistas conheçam as belezas naturais e culturais da cidade?

O Município de Joaquim Gomes pode proporcionar um turismo de lazer e descanso, com suas áreas verdes e vida pacata de uma cidade interiorana; cultural com suas tradições e tribo indígena Wassú Cocal e de aventura com suas serras e cachoeiras.

Somando-se aos atrativos da capital alagoana, que se destaca com o turismo de sol e mar, mostrando assim que o estado de Alagoas possui um leque bastante variado na segmentação turística.

Mas para que isso aconteça no Município, é necessário melhorar a condições de receptividade, não só na parte da infraestrutura da cidade, como também atrair novos empreendimentos (restaurantes, pousadas, hotéis, transportes e demais equipamentos de apoio ao turista), parcerias entre empresas privadas e órgãos públicos,
 investimento na capacitação de pessoas, realizações de campanhas de esclarecimentos sobre o turismo para a população, e orientações de preservação da cidade e seus atrativos turísticos. Contudo, são ações paralelas à criação de toda uma Politica Municipal de Turismo.

Todavia, se tomarmos por base o Plano Nacional de Turismo (2007/2010):


“Em municípios ou regiões turísticas devem ser desenvolvidas ações de apoio à implantação de equipamentos da infraestrutura, [...], (re)urbanização e infraestrutura de orlas marítimas e fluviais; melhorias na acessibilidade ferroviária e rodoviária; centros de eventos; parque de exposições e feiras; parques públicos; terminais de turismo social e de lazer; terminais marítimos, fluviais, rodoviários e ferroviários; casas e centros de cultura, museus, escolas de qualificação para os setores de hotelaria, gastronomia e a hospitalidade.”


Não será difícil reconhecer a possibilidade de desenvolver o turismo no Município. No entanto, isso requer um estudo detalhado do assunto acompanhado de um bom projeto de implantação do turismo junto aos órgãos competentes.


            O Plano Nacional de Turismo prevê macro programas e programas de incentivo ao desenvolvimento de novos destinos turísticos. Comprovando que tanto Joaquim Gomes, como qualquer outro município, que tenha predisposição para trabalhar com o turismo, pode vir a desenvolvê-lo dependendo da vontade e dedicação dos gestores e da própria população.


            Portanto, se quisermos fazer parte da festa do futebol Mundial, não apenas como meros expectadores, mas como coadjuvantes, precisamos antes de tudo acreditar em nosso potencial. E começar a por em pratica nossos objetivos e planos, e começar o quanto antes.
Somente com planejamento adequado e uma visão futurista poderemos atingir o tão sonhado desenvolvimento.
Da Redação com Geonete Araújo


Serra do Búfalo: Uma beleza descuidada!

                                                                                                                              Da Redação por Geonete Araújo
A Serra do Búfalo é mais uma dentre os muitos lugares que precisam de atenção do Poder Público e de toda a sociedade no município de Joaquim Gomes. Há muitos anos a Serra é visitada por nativos e habitantes do nosso município e de municípios circunvizinhos, incluindo a capital alagoana, Maceió. Tradicionalmente, as pessoas se programam para subir a serra durante a Páscoa, mais comumente na Sexta-feira da Paixão, alguns com a intenção de redimir seus pecados e outros, simplesmente, pelo prazer de se vislumbrar com o cenário divino.

A Serra do Búfalo possui uma subida irregular, com áreas fechadas pela vegetação. Durante o trajeto é possível se refrescar numa nascente de água bastante límpida, como se fossemos agraciados por um presente da natureza. Para trilhar o caminho é preciso esforço físico, facilmente esquecido quando se atinge o topo. Pois, do alto da serra é possível visualizar toda a região urbana do município e algumas áreas rurais próximas, além de um horizonte totalmente verde e renovador.

                        Porém, toda essa beleza resiste às oscilações do tempo e ao contato do homem sem cuidado algum, tanto do setor público, quanto de entidades responsáveis por fiscalizar e organizar a preservação ambiental e a exploração para prática do turismo. Entretanto se faz necessário entender que para a transformação desse local em atratividade turística, é preciso uma análise técnica e um estudo detalhado da região e de seus visitantes.


É preciso entender as multiopções que a Serra do Búfalo poderia oferecer aos visitantes de nosso município. Somente com essa atração o município poderia desenvolver o Turismo de Aventura, atraindo grupos para a prática de escaladas, rapel e outros; o Turismo Religioso, com retiros espirituais e caminhadas de penitência; entre outras atividades.


Estamos falando em um dos pontos do nosso município e apenas com ele, já poderíamos imaginar quantas mudanças nos causaria. Não será algo tão simples transformar nosso município num grande receptor turístico, mas, se quisermos usufruir dos benefícios que o turismo pode ocasionar, teremos que enfrentar todos os desafios e iniciar uma verdadeira “repaginação” em toda a cidade, e em nós mesmos.


            O fato é: transformar nossa tão admirada Serra do Búfalo em uma atração turística é, acima de tudo, uma oportunidade de valorizar o que temos. Lembrando, claro, de preservar e conservar para sempre usufruir!